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30 setembro 2014

BRAZIL: INCOMPETÊNCIA, ATRASO, CORRUPÇÃO E PAVIO CURTO!


SÍNDROME DO PAVIO CURTO
www.google.com.br/images. Mensalão. Estas peças tem pavio curtíssimo e por pouco não se "pegaram"! "Vossa excelência provoca em mim os instintos mais primitivos". De Roberto Jefferson a esquerda para  José Dirceu.

Marina da Silva
É esse o nome dado a doença que vem acometendo a população, principalmente nas grandes cidades, metrópoles e megalópoles do Brasil. Esta notícia fantástica e de transcendental importância para a humanidade saiu na BandNews. Se você anda estressadinho, esquentadinho pilhado, com os nervos à flor da pele, de saco cheio e PT da vida...cuidado! Significa que você está por um triz de um surto psicótico-louco-esquisofrênico-demente-paranóico e chutar o "pau da barraca", veja, isto é, chegar às vias de fato numa fúria assassina em qualquer dia de cão, muito comum no cotidiano brasileiro.
Altos índices de violências, brigas no trânsito, surtos com funcionários de telemarketing, bancos, com o sistema de Saúde frágil (estou sendo boazinha), sistema educacional reduzido a mediocridade, transporte público uma desgraça, inclusos aeroportos, metrôs e busão, poder absoluto da corrupção em todos os poderes, etc e tal também acabam encurtando o “pavio” do povo colocando a nação em modo ataque!
Mas de onde surgiu esta Síndrome do pavio curto?
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Rumorejando, tal e qual Juca Zokner, sobre o atual estado bélico do Brasil, pode-se detectar o nascimento da doença lá na era Sarney que tinha metas, visão, missão, planos estratégicos de matar o dragão da inflação no tiro, à bala, apertando gatilhos. Antes de Sarney estavam no poder as "bestas fardadas" e os pavios foram proibidos pelo autoritarismo, terrorismo, torturas, assassinatos e “desaparições”! Pode-se induzir a população a acreditar que a Síndrome do pavio curto pertence ao Brasil e a  este século, mas uma leitura básica sobre a História das Civilizações  encontraremos lá  o barril, a pólvora, o pavio curto e o estopim no processo de construção da sociabilidade humana. Se ficarmos só no surgimento, ascensão e consolidação do Capitalismo teremos a síndrome do pavio curto nas Revoluções americana e francesa, nas revoltas de 1848 na Europa, nas duas Grandes guerras mundiais do século XX, nas zilhões de pequenas guerras no Oriente Médio, África, na derrocada do socialismo do leste europeu e no Brasil no golpe de Vargas [anos trinta] e dos militares [1964]. Na verdade pode-se ficar chocado, mas a síndrome do pavio curto é endêmica e inerente a vida em sociedade.
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 Voltando aos dias atuais, terceira revolução tecnológica nos meios de comunicação, transporte, informação, robotização, bioengenharia, internet, redes sociais e tal e caindo dentro do Brasil...
www.google.com.br/images. Junho de 2013. Pavio curto: o aumento das tarifas do busão foi o estopim das manifestações contra a corrupção no governo, os gastos absurdos com as obras da Fifa e a violência policial, principalmente contra os pobres.
O que está por trás do atual fenômeno da Síndrome do pavio curto? O corre-corre das grandes cidades e os engarrafamentos no trânsito podem ser a resposta simples e fácil lá para os meados do século passado! Em tempos “pós-moderno” a condição para a apreensão e compreensão do fenômeno que culminou na explosão Revolta do busão em Junho de 2013 e ressuscitou as bestas e as fardas é necessário evitar duas das principais características da era globalizada: velocidade máxima e respostas rápidas!
A partir de Vargas, a economia foi redirecionada para a industrialização concentrando esforços (verbas)  no centro-sul do país, destaque para São Paulo e Rio de janeiro. A hiper concentração de indústrias e mão-de-obra transformaram o país, antes rural e exportador de produtos primários (latifúndios, monocultura) em urbano/industrial sem que estruturas e equipamentos urbanos necessários ao bom andamento  das cidades acompanhassem o ritmo da urbanização. Habitação, alimentação, saneamento básico, transporte público, sistemas de saúde, educação e formação da mão-de-obra em descompasso com a industrialização passaram  a fazer parte da demanda social e da pauta de discursos eleitoreiros.
Colonizado, o sistema político de caráter corrompido, foi e é um dos principais entraves ao desenvolvimento econômico, social, humano do Brasil. As obras públicas são moedas políticas e atendem a interesses escusos de empreiteiros, banqueiros, ruralistas, usineiros, especuladores nativos e/ou estrangeiros em detrimento da funcionalidade e estabilidade do corpo social. O aumento vertiginoso das favelas, verdadeiros complexos; a ascensão e consolidação do narcotráfico, do consumo de drogas, das chacinas e ainda, o aumento da violência geral e contra mulheres em particular; a baixa qualificação da mão-de-obra, a debilidade da Saúde e Educação, do sistema de transporte público, a banalização e aumento em escala geométrica da corrupção, etc e a lentidão e qualidade das respostas dadas às demandas sociais em tudo, no transporte  e tráfego de veículos, especialmente retratado na reportagem BandNews de 27-09-2014 não só encurtam o pavio dos brasileiros e brasileiras como aumentam a pólvora do barril e detona explosões violentas nas brigas de trânsito.
www.google.com.br/images. Quanto foi gasto com a World Cup 2014? Mistério.
Usando como exemplo Belo Horizonte, capital de Minas Gerais: no início do século XXI ficou constatado a olho nu e a olhos visto e também nos laudos técnicos dos engenheiros de tráfego que as duas, das principais artérias de escoamento de veículos (70.000) as avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado estavam congestionadas, entupidas e necessitavam de uma intervenção rápida. Solução...duplicação! Mais de uma década [2003-2014] entre duplicação, destruição, erros, reconstrução e nova destruição para instalação do Bus Rapid Transport- Brt, os mesmos problemas persistem, pois neste ínterim, a frota de veículos duplicou [140.000], o Brt estreitou todos os trechos duplicados com instalação de mega estações inacabadas e Beagá vive num canteiro de obras elegendo e reelegendo a mesma canalha. O que também duplicou, triplicou foi o desânimo, a impotência e irritação dos cidadãos frente aos desadministradores eleitos democraticamente para fazer bem, fazer mais e melhor para a cidade o que leva os indivíduos a sair nos tapas, fazer justiça com as próprias mãos, fato tratado como último estágio da síndrome do pavio curto pela BandNews 24 horas de desinformação no ar! 
www.google.com.br/images.  03-07-2014. Viaduto novinho das obras de mobilidade urbana da World cup 2014...caiu, matou 2 pessoas e feriu umas duas dezenas, além de desalojar e comprometer a moradia de muitos outros. Culpados??? Cowan diz que foi falha no projeto da obra meia-boca coordenada por ela!
E é claro que após a publicação deste texto, os doutores da mídia me enquadrarão no CID- 171(Código Internacional de Doenças) com grau máximo da Síndrome do pavio curto, porque, só não vou as vias de fato pelo uso de uma estratégia defensiva e fantástica válvula de escape: minha munição são as palavras! Pronto, falei!
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QUE PAIS É ESSE?
Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação

Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

No Amazonas, no Araguaia, na Baixada fluminense
No Mato grosso, Minas Gerais e no Nordeste tudo em paz
Na morte eu descanso mas o sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão

Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

Terceiro Mundo se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão.

Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

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